LIMA (Reuters) - Os governos de Peru e Bolívia concordaram nesta terça-feira em trabalhar numa política energética para aproveitar a produção de gás de ambos os países, com possibilidade de exportar gás natural boliviano aos mercados da Ásia por meio da costa peruana no oceano Pacífico.
O acordo faz parte de uma declaração dos dois países, após uma primeira reunião de seus gabinetes de ministros liderados pelo presidente peruano, Ollanta Humala, e boliviano, Evo Morales.
A reunião aconteceu na região de Puno, fronteira com a Bolívia. As autoridades também se comprometeram a lutar de maneira conjunta contra o narcotráfico, a mineração ilegal, o tráfico de pessoas e o contrabando.
"Somos produtores de gás, temos provavelmente as maiores reservas de gás da América do Sul e, portanto, é uma necessidade coordenar uma política energética que beneficie nossos povos e que beneficie países irmãos", disse Humala a jornalistas no fim do encontro presidencial.
Segundo a declaração assinada por Humala e Morales, ambos os países concordaram em iniciar os estudos necessários que permitam avaliar a viabilidade técnica econômica de projetos como "a possível exportação de gás natural boliviano pela costa sul do Peru aos mercados de gás da Ásia-Pacífico".
Atualmente, o Peru está construindo um gasoduto no sul do país com um investimento superior a 5 bilhões de dólares, um projeto da Odebrecht e da espanhola Enagás.
(Reportagem de Marco Aquino)