Por Marco Aquino
LIMA (Reuters) - Os peruanos vão às urnas no domingo para escolher um novo Congresso que terá duração de pouco mais de um ano, num momento em que o país rico em cobre busca superar uma crise política que levou ao fechamento do Parlamento.
A votação representa um confronto político, com 22 partidos disputando 130 cadeiras no Congresso, que foi dissolvido em setembro pelo presidente Martín Vizcarra em meio a um longo impasse com os parlamentares sobre reformas anticorrupção.
O fechamento do Congresso, que recebeu apoio das Forças Armadas, da polícia e dos eleitores, foi considerado legal pelo Supremo do Peru em 14 de janeiro, em resposta a uma ação movida pelo ex-presidente do Congresso.
As autoridades eleitorais do Peru organizaram novas eleições legislativas para 26 de janeiro, em prazo proposto por Vizcarra.
Pesquisas não indicaram claramente qual partido político poderia ocupar o maior número de cadeiras nas eleições de domingo, mas os pesquisadores disseram que cerca de sete partidos provavelmente terão presença no Congresso.
As eleições também servirão como termômetro para os partidos políticos, que avaliarão seu apoio com vistas às eleições presidenciais e do Congresso em abril de 2021.
O novo Congresso terá que abordar questões pendentes, incluindo a longa batalha contra corrupção e reformas eleitorais e políticas, num momento em que a economia do país registrou crescimento de 2,2% em 2019, muito abaixo das expectativas, segundo analistas.
(Por Marco Aquino; reportagem adicional de Maria Cervantes)