Por Sonya Dowsett
MADRI (Reuters) - A polícia armada da Espanha realizou operações em diversas gráficas e redações de jornais na Catalunha nos últimos dias em uma busca por cédulas de votos, urnas e panfletos para serem usados em um referendo pela independência em 1º de outubro, que Madri se opõe veementemente.
As buscas, que até o momento não tiveram resultados, são parte de um esforço do governo de prevenir que a votação siga em frente, em meio a temores de que uma votação para separação possa gerar uma crise política mesmo que a Espanha não reconheça o resultado.
Nesta sexta-feira, o governo aprovou medidas para aumentar controle sobre os gastos da região para fazê-la parar de usar verba estatal para pagar pela votação, e anteriormente nesta semana Madri convocou mais de 700 prefeitos catalães para questioná-los sobre apoio à votação.
"Eles estão perseguindo os prefeitos, a imprensa, as gráficas. Eles estão esticando o limite da democracia", disse Albert Batet, prefeito da cidade de Valls e um dos convocados para interrogatório.
O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, que enfrenta acusações criminais por organizar o referendo, disse que possui mais de 6 mil urnas de voto prontas para entrega no mês que vem, mas seus paradeiros são um segredo.
Toni Castejon, porta-voz da força policial catalã, disse que é como encontrar uma agulha em um palheiro.
"No momento, não temos ideia de onde estão", disse.