KIRKUK, Iraque (Reuters) - A polícia se mobilizou durante a noite na cidade iraquiana de Kirkuk para prevenir qualquer surto de violência étnica antes de um referendo sobre a independência curda, disseram moradores.
Os planos da região curda de seguir em frente com uma votação no dia 25 de setembro, apesar do aviso de Bagdá de que está "brincando com fogo" e de declarações dos Estados Unidos de que a votação pode prejudicar a luta contra forças do Estado Islâmico.
O referendo pode elevar as tensões em Kirkuk, onde curdos, turcomanos e árabes disputam o poder.
Forças de segurança curdas e a polícia montaram postos de controle pela cidade, depois que um curdo foi morto durante confronto com guardas de um partido político turcomano.
Dois outros curdos e um guarda de segurança turcomano também ficaram feridos durante o confronto, que irrompeu quando um comboio curdo comemorando o referendo, carregando bandeiras curdas, passou pelo escritório de um partido turcomano, segundo fontes de segurança. O curdo morto e os feridos estavam entre os que estavam comemorando, disseram.
A Turquia, que mobilizou soldados e tanques para exercícios perto da fronteira com a região curda, tem se identificado há anos como protetora da minoria turcomana. Quando os curdos iraquianos levantaram sua bandeira na cidade em abril, o presidente turco, Tayyip Erdogan, declarou que Kirkuk não poderia ser uma cidade curda.
Soldados turcos, com manobras agendadas até o dia após o referendo, podiam ser vistos cavando trincheiras em uma área a cerca de 2 km da fronteira.