Por Mathieu Rosemain e Gwénaëlle Barzic
PARIS (Reuters) - A polícia francesa questionou o bilionário Vicent Bollore nesta terça-feira sobre alegações de que o Groupe Bollore trabalhou nas campanhas eleitorais de dois candidatos presidenciais em dois países africanos, em troca de contratos lucrativos com portos.
As ações da holding Boloore caíram até 8 por cento após as notícias da interrogação, enquanto as ações da Vivendi (PA:VIV), na qual a empresa tem participação de 20,5 por cento, também caíram por volta de 1 por cento.
A Vivendi é responsável pelo controle da Telecom Itália, que por sua vez, controla a TIM no Brasil.
Bollore, cujo vasto império de logística é uma potência corporativa em antigas colônias francesas na África Ocidental, é suspeito de corromper funcionários públicos estrangeiros e ser cúmplice de corrupção, disse seu advogado, Olivier Baratelli. Ele negou qualquer erro cometido por Bollore.
O Groupe Bollore confirmou em comunicado que seus interesses comerciais africanos estavam sob investigação e disse que a investigação está ligada ao faturamento do trabalho feito na Guiné e no Togo entre 2009 e 2010 por seu negócio de comunicações, Havas Worldwide.
Acrescentou que cooperaria com a investigação e negou qualquer irregularidade.
(Por Mathieu Rosemain e Gwénaëlle Barzic)