YENAGOA (Reuters) - A polícia nigeriana invadiu um suposto casamento gay, que é ilegal no país, na cidade de Warri, no Estado do Delta, e prendeu 67 pessoas, disseram autoridades em um comunicado, após uma denúncia de uma pessoa que sabia do evento.
A denúncia sobre a cerimônia ocorreu durante interrogatório policial em 27 de agosto de um travesti do sexo masculino, que estava vestido como mulher, disse o porta-voz da polícia do Delta, Edafe Bright, em comunicado na noite de terça-feira. O comunicado não informou quando a operação ocorreu.
Bright disse que os presos serão acusados em breve no tribunal.
Na Nigéria, assim como na maior parte da África, a homossexualidade é em geral vista como inaceitável, e uma lei anti-gay de 2014 entrou em vigor, apesar da condenação internacional. Travestir-se não é ilegal, mas tende a não ser aceito socialmente.
“Os policiais perseguiram e prenderam um total de 67 suspeitos” por supostamente conduzirem e comparecerem a uma cerimônia de casamento entre pessoas do mesmo sexo, disse Bright.
As investigações revelaram que um convidado bêbado, que foi preso durante a operação, foi supostamente estuprado por um suspeito que agora está foragido, segundo ele.
Iniciativas estavam em andamento para prender outras pessoas que fugiram do local, disse Bright.
A lei contra a homossexualidade no país mais populoso da África inclui uma pena de prisão de até 14 anos para os condenados, e proíbe o casamento gay, as relações entre pessoas do mesmo sexo, e a adesão a grupos de defesa dos direitos dos homossexuais.
(Reportagem de Tife Owolabi)