ASSUNÇÃO (Reuters) - A polícia paraguaia prendeu nesta sexta-feira o político de oposição Paraguayo Cubas, terceiro candidato presidencial mais votado nas eleições do último final de semana, após protestos de seus apoiadores em frente ao tribunal eleitoral exigindo uma recontagem de votos.
Líder da região leste do país que se declara anarquista e obteve surpreendentes 23% dos votos nas eleições, Cubas foi preso na última etapa de uma viagem anunciada a Assunção para se manifestar em frente ao tribunal contra os resultados.
A polícia disse no Twitter que a prisão foi realizada em caráter preventivo, em cumprimento a uma ordem do Ministério Público, sem detalhes.
"Agora você pode ver que eu já estou preso (...) todos os criminosos deste país têm que ser algemados, assim como o Paraguaio Cubas", disse Cubas em um vídeo publicado online antes de entrar pacificamente em uma viatura que o conduziu ao local de confinamento.
Na noite de segunda-feira, os partidários de Cubas fecharam estradas em todo o país e entraram em confronto com a polícia perto do tribunal eleitoral onde as autoridades faziam o julgamento das atas eleitorais. O político anunciou novas manifestações após sua chegada à capital.
O tribunal eleitoral declarou a vitória de Santiago Peña, com 43% dos votos. Cubas, que propôs dissolver o Congresso e governar com as Forças Armadas, conquistou cinco cadeiras no Senado e quatro na Câmara dos Deputados.
(Reportagem de Daniela Desantis)