Por Suleiman Al-Khalidi
AMÃ (Reuters) - Um policial jordaniano matou a tiros dois prestadores de serviço do governo norte-americano, um treinador sul-africano e um tradutor da Jordânia em uma instalação de treinamento financiada pelos Estados Unidos próxima de Amã, nesta segunda-feira, antes de ser morto em uma troca de disparos, disseram autoridades.
O presidente dos EUA, Barack Obama, afirmou estar encarando o ataque no Centro de Treinamento Rei Abdullah – durante o qual quatro jordanianos e um cidadão libanês ficaram feridos – muito seriamente, e que uma investigação completa está em andamento.
O histórico e os motivos do atirador não ficaram claros de imediato, mas a Jordânia é aliada ferrenha dos EUA na campanha de Washington contra militantes do Estado Islâmico, que ocupam territórios na Síria e no Iraque, uma posição que autoridades jordanianas dizem deixar o país vulnerável a atentados jihadistas.
"Este incidente, infelizmente, não chega a ser uma surpresa, já que a ameaça do terrorismo islâmico só aumentou na região nos últimos anos na esteira da Síria e do Iraque. Por mais que medidas preventivas tenham sido tomadas, é impossível erradicar todos os riscos", declarou um funcionário de primeiro escalão da Jordânia pedindo anonimato por razões políticas.
O atirador era um capitão da polícia e co-treinador no centro, disse uma importante autoridade jordaniana à Reuters. A identidade e detalhes sobre o passado do agressor não foram divulgados de imediato.
A embaixada norte-americana em Amã informou que dois prestadores de serviços de segurança civis de seu país e um prestador de serviço sul-africano foram mortos a tiros, e que o jordaniano morto era um tradutor, de acordo com o governo da Jordânia.