PARIS (Reuters) - A polícia da França prendeu nesta terça-feira um homem suspeito de ter laços com o assassino de um comandante policial e fez buscas em várias casas, como parte de uma investigação cada vez mais abrangente sobre um ataque da semana passada assumido pelo Estado Islâmico.
O inquérito policial se concentra em supostos parceiros de Larossi Abballa, o francês de origem marroquina que jurou aliança ao grupo militante islâmico e disse a negociadores da polícia durante o ataque que respondeu a um chamado para "matar infiéis em casa com suas famílias".
"Existia a chance de que estas pessoas pudessem realizar outros ataques contra policiais. Estávamos acabando com qualquer dúvida", disse o promotor de Versalhes que encabeça a investigação.
O promotor não identificou o homem detido e não ficou claro de imediato se a polícia perdeu outros alvos de vista ou se decidiu não haver a necessidade de novas prisões.
A operação desta terça-feira ocorreu depois de a Procuradoria-Geral de Paris ter dito, no sábado, que dois outros possíveis parceiros deveriam ser investigados por sua filiação a uma organização terrorista.
Abballa matou Jean-Baptiste Salvaing, de 42 anos, a facadas em um subúrbio do oeste da capital francesa e depois fez sua esposa, Jessica Schneider, e seu filho de reféns. Ele usou uma faca para matar Jessica antes de ser morto a tiros por comandos de elite.
Abballa foi preso em 2013 por seu envolvimento em uma rede de recrutamento de militantes que enviava jovens ao Paquistão. Os homens que passaram a ser investigados no sábado, identificados como Charaf-Din Aberouz e Saad Rajraji, são membros fundadores do grupo e foram condenados juntamente com Abballa, disseram promotores.
(Por Chine Labbe)