JERUSALÉM (Reuters) - Apoiadores de um prisioneiro palestino em greve de fome entraram em confronto com opositores israelenses de direita nesta quarta-feira, perto de um hospital onde ele está sendo tratado.
A polícia montada israelense e outros oficias dispersaram os manifestantes perto do hospital e diversos deles foram detidos e interrogados, disse a porta-voz policial Luba Samri.
O palestino Mohammed Allan, de 31 anos, um ativista da Jihad Islâmica preso sem julgamento, está em seu 56º dia de greve de fome e é monitorado em um hospital na cidade Ashkelon, sul do país, para onde ele foi levado nesta semana.
Cerca de 200 manifestantes que apoiam Allan disseram temer que Israel forçaria sua alimentação, após uma lei que passou a valer no mês passado permitir que médicos administrem nutrição a quem fizer greve de fome, mesmo contra sua vontade, a fim de mantê-lo vivo.
A lei encontrou veemente oposição da associação médica do país, que considera a alimentação forçada uma forma de tortura e arriscada medicamente, e pediu para que médicos israelenses não cumpram a lei.
O diretor do hospital Barzilai disse que manter Allan vivo e bem era a principal consideração.
"Vamos agir de acordo com a lei de direitos de pacientes e como nossa ética nos permitir. Certamente, vamos querer preservar sua vida", disse Hezi Levy.
(Por Ori Lewis)