Por Peter Granitz
PORTO PRÍNCIPE (Reuters) - Candidatos de até 125 partidos políticos no Haiti correram nesta quinta-feira para cumprir um prazo para se cadastrar e concorrer nas longamente atrasadas eleições que estão programadas para ocorrer ainda neste ano.
A pobre ilha caribenha tem um histórico de eleições turbulentas, mas isso não aparece dissuadir os candidatos.
No fim da tarde, mais de 2.000 pessoas haviam se registrado para concorrer a 119 cadeiras na Câmara dos Deputados e a 20 assentos no Senado, de acordo com autoridades.
As filas no cartório eleitoral em Porto Príncipe se estenderam pela rua durante o dia. O prazo de inscrições para as eleições legislativas de 9 de agosto expira à meia-noite.
"Pessoas individuais estão autorizadas a formar partidos políticos", disse Yolette Mengual, expressando um pouco de resignação. Membro do Conselho Eleitoral Provisório, que organiza as eleições, Mengual afirmou que cada uma das partes será listada numericamente na cédula.
Entre as últimas pessoas a comparecer está a primeira-dama Sophia Martelly, que esperou até o último dia para registrar sua candidatura ao Senado.
Os haitianos telefonaram a emissoras locais de rádio para questionar se ela é cidadã norte-americana, o que desqualificaria sua candidatura. Como seu marido, o presidente Michel Martelly, ela viveu nos Estados Unidos durante vários anos antes de voltar ao Haiti.
Observadores internacionais esperam que o número de partidos diminua, produzindo uma eleição mais curta com políticos formando alianças.
Mengual disse que o conselho eleitoral não pode forçar os partidos a formar coligações, mas pode dar recomendações sobre o tema.
O presidente Michel Martelly tem governado o Haiti por decreto desde que o Parlamento foi dissolvido em 12 de janeiro, quando os mandatos de todos os membros da Câmara dos Deputados e um terço do Senado expiraram.