Por Alan Charlish
MEDYKA, Poland (Reuters) - Ucranianos fugindo para a região central da Europa pediram que as nações ocidentais adotem medidas mais duras contra a Rússia, após a invasão de Moscou criar mais de um milhão de refugiados.
No ponto de passagem de Medyka, o mais ocupado da Polônia, em sua fronteira de aproximadamente 500 quilômetros com a Ucrânia, refugiados pediram uma zona de restrição de voo sobre a Ucrânia --o que as potências da Otan descartaram até agora, sob a justificativa de que haveria o risco de piorar o conflito para além da Ucrânia.
“Por favor, fechem o céu”, disse Solomiya Zdryko, 18, que fugiu de Lviv, no oeste da Ucrânia. “Eu sei que não é possível que entremos na Otan, mas pelo menos fechem o céu, porque as pessoas estão morrendo”.
A quantidade de refugiados pode subir de 1,3 milhão para 1,5 milhão de pessoas até o fim do fim de semana, segundo o chefe da agência de refugiados da ONU, Filippo Grandi.
A Polônia, cuja comunidade ucraniana de 1 milhão de pessoas é a maior da região, aceitou quase 800.000 refugiados ucranianos desde o começo da invasão russa em 24 de fevereiro, disse o vice-ministro de Assuntos Interiores, Pawet Szefernaker, a repórteres. Mais de 106.000 chegaram da Ucrânia nas últimas 24 horas, o número mais alto desde que a guerra começou.
(Reportagem adicional de Pawel Florkiewicz em Varsóvia, Anita Komuves em Budapeste, Tsvetelia Tsolova em Sofia, Luiza Ilie em Bucareste e Jason Hovet em Praga)