Por John Irish e Andrea Shalal
MUNIQUE (Reuters) - Alemanha, França, Rússia e Ucrânia concordaram neste sábado em usar sua influência para implementar um cessar-fogo e a retirada de armas pesadas na segunda-feira no leste da Ucrânia.
O conflito aumentou recentemente entre forças ucranianas e separatistas apoiados pelos russos, num conflito que piorou as relações entre a Rússia e o Ocidente.
"Em 20 de fevereiro o regime de cessar-fogo começará e a retirada de equipamento militar pesado também começará ... Nós apoiamos ativamente esta decisão e obviamente expressamos a convicção de que desta vez, o fracasso não deve acontecer", disse o ministro russo de relações exteriores Sergei Lavrov após conversar com seus colegas de Ucrânia, Alemanha e França.
O acordo de paz de Minsk, negociado por França e Alemanha e assinado pela Rússia e Ucrânia em 2015, apela por cessar-fogo, retirada de armas pesadas da linha de frente e reforma constitucional para dar maior autonomia à Ucrânia oriental.
Mas desde o acordo os lados parecem presos em um impasse quebrado periodicamente por insurgências que Kiev e Kremlin acusam um ao outro de instigar.
Desde o fim de janeiro, bombardeios em ambos os lados da linha de frente perto da cidade governamental de Avdiyivka têm sido mais pesados.
O governo do presidente norte-americano Donald Trump disse que as sanções impostas a Moscou após a anexação da Crimeia e os acontecimentos no leste da Ucrânia não seriam levantadas até que houvesse progresso na implementação dos acordos.
Falando à Reuters depois da reunião, o ministro ucraniano de Relações Exteriores, Pavlo Klimkin, disse que não estava "nada" feliz e lamentou a falta de "resultados poderosos".
Ecoando esses comentários, Lavrov disse que houve uma falta de resultados, mas que acreditava que a Ucrânia e os rebeldes respeitariam a data de 20 de fevereiro.
Apesar de suas diferenças, o ministro das Relações Exteriores francês, Jean-Marc Ayrault, disse que nem Moscou nem Kiev ofereceram alternativas ao processo de Minsk.