Por Barbara Goldberg e Julia Harte
NOVA YORK (Reuters) - O prefeito de Nova York, Eric Adams, anunciou nesta segunda-feira um plano para acabar com a violência armada em uma cidade que sofre com uma série de crimes, ao mesmo tempo em que prometeu aumentar o número de policiais nas comunidades mais afetadas pela violência.
Adams, um ex-capitão de polícia, disse que o plano cumprirá sua promessa de campanha eleitoral de novembro ao mobilizar mais policiais, conter o fluxo de armas na cidade e nomear coordenadores contra a violência armada em todas as agências da cidade.
"Estamos transformando nossa dor em propósito", disse ele em entrevista coletiva após uma série de crimes altamente divulgados e letais na cidade desde que tomou posse em 1º de janeiro.
Dois policiais foram baleados no Harlem na sexta-feira ao responder a uma chamada de violência doméstica, deixando um morto e o outro em estado grave. Dois outros policiais foram baleados em incidentes separados na semana passada em outras áreas da cidade.
Como em muitas cidades dos EUA, os assassinatos e a violência armada aumentaram nos últimos dois anos em Nova York. Especialistas dizem que a tendência reflete em parte a ruptura social da pandemia e seu efeito de reduzir o número de policiais em serviço.
A cidade registrou 488 assassinatos no ano passado, um aumento de 5,6% em relação a 2020, após um salto de 47% no ano anterior, o maior aumento percentual ano a ano já registrado na cidade mais populosa do país. Esse pico encerrou um declínio bastante constante nos assassinatos desde 1990, quando o número atingiu 2.245.
Os tiroteios dobraram para 1.532 em 2020 ante 2019 e aumentaram 2% em 2021, segundo estatísticas da cidade.
O "Plano para Acabar com a Violência Armada" colocará em três semanas mais policiais em patrulha em 30 dos 77 distritos da cidade, onde 80% da violência da cidade ocorre, disse Adams.