PEQUIM (Reuters) - O primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, disse nesta quinta-feira que está confiante numa melhora das relações pacíficas com Taiwan, ilha de autogoverno que a China diz ser sua, dizendo ser uma tendência histórica que não pode ser revertida.
As relações comerciais pelo Estreito de Taiwan chegaram à maior quantia em seis décadas, apoiadas pelas políticas do presidente de Taiwan, Ma Ying-jeou, aliado da China.
Mas o Partido Nacionalista de Taiwan, atualmente no poder, perdeu muitos eleitores nas recentes eleições locais, vistas como um referendo sobre os laços com a China.
A votação aconteceu após a ocupação por semanas da Legislatura de Taiwan no ano passado por estudantes e ativistas em protesto contra um acordo comercial com a China.
Durante discurso na abertura da sessão anual no Congresso Nacional do Povo, o premiê Keqiang não fez menções diretas aos protestos nas eleições de Taiwan, mas disse que gostaria de fazer progresso nas relações.
"Nós vamos nos empenhar para fazer progresso na discussão e dialogar entre os dois lados do Estreito, avançar a integração econômica para benefício mútuo e promover intercâmbios locais", completou o presidente.
"Nós estamos confiantes que o crescimento pacífico das relações é uma tendência história que não pode ser resistida ou revertida", disse Keqiang em seu discurso.
As eleições presidenciais de Taiwan acontecem no começo no próximo ano.
Os nacionalistas foram para Taiwan após perder uma guerra civil para os comunistas chineses em 1949. A China considera Taiwan como uma província renegada, e nunca renunciou ao eventual uso de força para garantir o controle de Pequim.
(Reportagem de Ben Blanchard; Reportagem adicional de J.R. Wu em Taipei)