Por Takashi Umekawa e Elaine Lies
TÓQUIO (Reuters) - O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, disse nesta sexta-feira que está inclinado a prorrogar o estado de emergência no país em cerca de um mês, já que especialistas disseram que as restrições relacionadas ao coronavírus deveriam continuar em vigor até o número de casos cair mais.
A emergência deveria terminar no dia 6 de maio, mas Abe disse que a situação continua difícil e que os cidadãos japoneses precisam cooperar mais. Ele tomará uma decisão final em 4 de maio depois de consultar especialistas.
"Graças aos esforços de nossos cidadãos, conseguimos evitar uma explosão de casos, como se viu no exterior", disse Abe aos repórteres na noite local desta sexta-feira. "Mas a situação médica continua difícil, e precisamos pedir mais cooperação de nossa nação".
Ele acrescentou que está inclinado a prorrogar o estado de emergência no país por cerca de um mês e que fará uma coletiva de imprensa para explicar a decisão.
Na quinta-feira, o premiê alertou os cidadãos a se prepararem para uma "batalha prolongada" contra o novo coronavírus, e fontes políticas disseram à Reuters que o governo está planejando estender a emergência por aproximadamente um mês.
Abe disse que baseará sua decisão final na recomendação de uma comissão de especialistas, que disseram na manhã desta sexta-feira que, embora o número de casos pareça estar em declínio, a situação não é tão boa quanto gostariam.
"Durante algum tempo, precisaremos precisar manter estas diretrizes", disse Shigeru Omi, um membro da comissão, em uma coletiva de imprensa, acrescentando que existem variações regionais nos surtos e que o sistema médico de algumas áreas está com dificuldade de lidar com o problema.
(Por Chris Gallagher, Takashi Umekawa, e Rocky Swift; Reportagem adicional de Linda Sieg e Elaine Lies)