Por Richard Lough
PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro francês, Édouard Philippe, disse que o isolamento imposto para conter a disseminação do coronavírus salvou dezenas de milhares de vidas, mas que é hora de flexibilizar as restrições para evitar o colapso econômico.
O número de mortos na França ultrapassou 23.000 na segunda-feira, o quarto mais alto do mundo, atrás de Estados Unidos, Itália e Espanha.
Mas o governo está tentando agora aproveitar que as taxas de infecção estão caindo para resgatar uma economia em queda livre, embora Philippe tenha dito que o povo francês terá que se adaptar a uma nova maneira de viver.
"Vamos ter que aprender a conviver com o vírus", afirmou Philippe ao Parlamento na terça-feira, quando começou a delinear medidas para diminuir gradualmente o isolamento. "Precisamos aprender a viver com a Covid-19 e a nos proteger dela."
O governo de Philippe enfrenta um delicado desafio de ponto de equilíbrio, ansioso para aliviar a crescente frustração de pessoas confinadas em suas casas desde meados de março sem aumentar o risco de uma segunda onda de infecções se a França decidir agir de maneira muito rápida.
A França começará a deixar o isolamento em 11 de maio, a menos que não seja seguro fazê-lo, disse Philippe.
"Se os indicadores não estiverem adequados, não vamos flexibilizar o isolamento em 11 de maio ou o faremos com mais rigor", afirmou ele.
Até então, a França terá capacidade para realizar 700.000 testes por semana, continuou o primeiro-ministro. O Estado cobrirá o custo total dos testes.
(Reportagem de Richard Lough, Matthieu Protard e Leigh Thomas)
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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