Por James Mackenzie e Gavin Jones
ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, prometeu nesta segunda-feira redobrar seus esforços para realizar reformas no país e reagir à divisão em seu partido depois que legendas
anti-establishment e euro-céticas obtiveram vitórias em eleições locais.
Os candidatos de centro-esquerda apoiados pelo Partido Democrático (PD) de Renzi conquistaram cinco das sete regiões em disputa, mantendo a situação geral anterior à votação, mas o apoio ao PD despencou em relação às eleições europeias do ano passado, e o partido perdeu a região de Ligúria, no noroeste italiano.
"Depois do voto de ontem (domingo), levaremos adiante com determinação ainda maior o processo de renovação do partido e de transformação do país", disse Renzi em um comunicado por escrito.
Foram seus primeiros comentários desde o pleito do final de semana, visto por muitos como um revés para o premiê de 40 anos, mas que ele mesmo descreveu como "muito positivo".
O resultado ofuscou o brilho que Renzi conquistou na cena política italiana desde que se tornou primeiro-ministro graças a um golpe interno no partido em fevereiro de 2014.
Dirigentes do PD disseram que as eleições, que ainda deixam a legenda no controle de 17 dos 20 governos regionais do país, mostraram apoio à agenda de Renzi. Mas, mesmo tendo vencido em Nápoles, o partido não conseguiu esconder seu choque por ter perdido a Ligúria, em parte devido a um candidato esquerdista independente que dividiu o voto da esquerda italiana.