PARIS (Reuters) - O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, pediu nesta quarta-feira para a central sindical CGT parar de organizar manifestações em massa em Paris contra a controversa reforma trabalhista, após novos confrontos entre jovens mascarados e a tropa de choque da polícia em um protesto.
Às margens de uma marcha liderada pela CGT na terça-feira, grupos de jovens com máscaras negras atiraram coqueteis molotov contra a polícia e quebraram janelas, incluindo a do principal hospital infantil de Paris.
"Quando você não pode organizar uma manifestação e tomar responsabilidade, deixando bandidos no meio da marcha... então você não organiza este tipo de manifestação que pode degenerar", disse Valls à rádio France Inter.
A polícia usou canhões de água e gás lacrimogêneo para dispersar os grupos de manifestantes durante o protesto, que, segundo a polícia, teve cerca de 75 mil a 80 mil pessoas em Paris.
O departamento de polícia de Paris relatou 58 prisões, incluindo estrangeiros, sendo que 24 policiais e 17 manifestantes ficaram feridos.
Valls também prestou apoio às forças policiais após a morte nesta semana de um policial e sua esposa por um francês que disse ser leal ao Estado Islâmico.
(Reportagem de Leigh Thomas)