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Presidente da Alemanha condena "genocídio" de armênios por forças turcas

Publicado 23.04.2015, 18:34
© Reuters. Presidente da Alemanha, Joachim Gauck

Por Erik Kirschbaum

BERLIM (Reuters) - O presidente da Alemanha, Joachim Gauck, condenou nesta quinta-feira como "genocídio" o massacre de 1,5 milhão de armênios por forças turco-otomanas ocorrido há um século, usando um termo que há muito vinha sendo evitado pelo governo alemão.

Gauck usou a palavra num discurso em homenagem ao centenário do que muitos acadêmicos ocidentais e duas dezenas de governos já consideram um genocídio, o massacre da população armênia que havia onde hoje está a Turquia moderna. O governo turco nega veementemente a acusação.

Ex-pastor da Alemanha Oriental com inclinação para desafiar convenções, Gauck também sugeriu que a própria Alemanha também deve ser responsabilizada no episódio devido às suas ações durante a Primeira Guerra Mundial.

"Nesse caso, nós, alemães, precisamos ainda acertar as contas com o passado, sobre se há de fato uma responsabilidade compartilhada, possivelmente até mesmo uma cumplicidade, no genocídio dos armênios", disse Gauck, acrescentando que as forças armadas alemãs se envolveram no planejamento e, inclusive, na implementação de deportações.

Sua determinação em utilizar a polêmica palavra provocou membros do Parlamento a tentar se sobrepor à longa resistência do governo da chanceler Angela Merkel, que até segunda-feira ainda se recusava a usar o termo.

Em seu discurso, Gauck citou uma frase de uma resolução que será debatida pelos parlamentares na sexta-feira, quando deve ser aprovada com larga vantagem.

"O destino dos armênios é exemplar para a história das destruições em massa, limpeza étnica, expulsões e, sim, dos genocídios durante o século 20."

O termo "genocídio" tem um significado especial na Alemanha, que atravessou um duro processo para lidar com suas responsabilidades no assassinato de 6 milhões de judeus no Holocausto.

© Reuters. Presidente da Alemanha, Joachim Gauck

Analistas dizem que o país estava relutante em aplicar a descrição no caso da Turquia por medo de incomodar Ancara e a comunidade turca de 3,5 milhões de pessoas na Alemanha.

Há também preocupações de que os massacres cometidos em 1904 e 1905 pelas tropas alemãs no que hoje é a Namíbia também poderiam ser designados como "genocídios", levando a demandas de reparação.

(Reportagem adicional de Tuvan Gumrukcu, em Ancara)

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