HELSINQUE (Reuters) - As urnas se abriram na Finlândia neste domingo para uma eleição presidencial na qual o atual mandatário, Sauli Niinisto, deve assegurar a reeleição no primeiro turno.
Niinisto, 69 anos, tem recebido crédito por ajudar a Finlândia a manter um delicado equilíbrio entre suas relações com a vizinha Rússia e suas conexões com a Otan. O país não é membro da Otan, mas desenvolveu laços próximos com a aliança após Moscou ter anexado a Crimeia em 2014.
A última pesquisa, divulgada na quinta-feira, mostrou apoio de 58 a 63 por cento para Niinisto, que originalmente era do conservador Partido de Coalizão Nacional (NCP), mas lançou campanha como candidato independente.
Seu desafiante mais próximo, Pekka Haavisto, do partido Verde da Finlândia, tinha o apoio de 13 a 14 por cento dos respondentes, enquanto seis outros candidatos compartilhavam um total combinado de entre 24 e 28 por cento de apoio.
Se Niinisto conseguir metade dos votos neste domingo, será o primeiro candidato a vencer a Presidência no primeiro turno desde que o sistema eleitoral foi modificado para o voto popular direto em 1994.
"Seu jeito rude e pé no chão, além da abordagem baseada em fatos, é muito atraente aos finlandeses", disse o gerente da empresa de pesquisas Taloustutkimus, Juho Rahkonen.
O presidente é encarregado das políticas de defesa e relações exteriores da Finlândia junto com o governo, mas na prática o cargo se tornou em grande parte apenas cerimonial nas últimas décadas.
"Eu tenho feito meu melhor para que possamos ter um diálogo entre a Rússia e o Ocidente, a Otan, a União Europeia e até mesmo os Estados Unidos", disse Niinisto à Reuters no sábado, em um evento de campanha na cidade de Espoo, perto da capital, Helsinque.
"Porque, apesar do fato de que temos problemas muito grandes, com a Crimeia e a Ucrânia, nós temos que ter diálogo", acrescentou.
Os resultados iniciais serão anunciados após o fechamento das zonas eleitorais às 18 horas do horário local. A maioria dos votos deve ser computada em um período de duas horas.
Se nenhum candidato obtiver metade dos votos, haverá segundo turno em 11 de fevereiro.
(Por Tuomas Forsell)