KIEV (Reuters) - O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, afirmou a militares nesta quinta-feira estar preparado para a possibilidade de uma "invasão em grande escala" por parte da Rússia em toda a extensão da fronteira que divide com o país, um dia após o pior confronto em meses com separatistas apoiados por Moscou.
Em discurso no parlamento, foi uma das primeiras vezes que Poroshenko usou a palavra "invasão" para se referir à atitude russa desde o início de uma rebelião separatista no leste do país, na qual, conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 6.400 pessoas foram mortas.
Referindo-se a um tiroteio envolvendo ambos os lados que durou 12 horas na quarta-feira, quando a Ucrânia diz que os rebeldes tentaram tomar a cidade de Maryinka, o presidente ucraniano disse: "Há uma ameaça colossal de uma renovação de operações militares em larga escala a partir do lado da grupos russo-terrorista ".
"Os militares devem estar prontos tanto para uma renovação de uma ofensiva pelo inimigo na Donbass como para uma invasão em larga escala ao longo de toda a extensão da fronteira com a Rússia. Devemos estar realmente pronto para isso", afirmou.
Ucrânia e os seus aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) há muito tempo acusam a Rússia de enviar armas e tropas para lutar em nome de separatistas que controlam parte de duas províncias no leste do país. Moscou, que tomou e anexou a península de Crimeia da Ucrânia no ano passado, nega que suas tropas estejam participando nos combates no leste.
(Por Richard Balmforth e Pavel Polityuk)