Por Kiyoshi Takenaka
TÓQUIO (Reuters) - O presidente das Filipinas, Benigno Aquino, fez uma comparação velada nesta quarta-feira entre as atividades da China no Mar do Sul da China e o expansionismo da Alemanha nazista antes da Segunda Guerra Mundial, ecoando comentários semelhantes que fez no ano passado e que revoltaram Pequim.
Aquino, que deve assinar acordos que irão reforçar os laços de defesa com o Japão quando se reunir com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, na quinta-feira, também exortou Pequim a repensar seus projetos de retomada de territórios nas águas em disputa.
A China vem adotando nos últimos anos uma postura cada vez mais enfática no Mar do Sul da China, construindo ilhas artificiais em áreas onde Manila e outros países do sul asiático afirmam possuir terrirórios.
Indagado sobre o "reequilíbrio" estratégico dos Estados Unidos na Ásia em reação à movimentação marítima da China, Aquino insinuou que o papel dos Estados Unidos é fundamental, e aludiu à expansão territorial da Alemanha nazista antes da Segunda Guerra.
Lembrando de documentários sobre o expansionismo alemão pré-guerra, Aquino afirmou: "Os comentaristas nestes documentários diziam: ‘Se alguém dissesse a (Adolf) Hitler para parar naquele momento, ou à Alemanha naquele momento, poderíamos ter evitado a Segunda Guerra Mundial?'. Então, digo novamente, o reequilíbrio dos EUA envia um sinal claro de que todos devemos viver com normas com as quais concordamos".
O Ministério das Relações Exteriores chinês expressou choque com os comentários "ultrajantes e insensatos" de Aquino, similares a outros que fez no ano passado.