TEGUCIGALPA (Reuters) - Em meio a uma série de protestos pedindo sua renúncia, o presidente de Honduras, Juan Hernández, disse nesta quarta-feira que sua campanha presidencial de 2013 aceitou dinheiro de companhias ligadas a um dos maiores escândalos de corrupção da história do país.
Ele disse que ele e seu partido, Partido Nacional, não sabiam de onde o dinheiro vinha e esperava que uma investigação descobrisse e punisse os responsáveis por violar quaisquer leis.
Protestos nas ruas começaram nos últimos meses à medida que investigações no escândalo de 200 milhões de dólares envolvendo o Instituto de Segurança Social de Honduras (IHSS) apontou um financiamento de campanha suspeito.
Nesta quarta-feira, buscando sair na frente de qualquer revelação que pudesse danificar sua imagem, Hernández disse que contadores do Partido Nacional descobriram que o dinheiro de companhias ligadas ao escândalo da IHSS entraram nos cofres da campanha.
Hernández disse que a quantia encontrada de 140 mil dólares no financiamento da campanha era ligada as companhias do escândalo, sem dar mais detalhes.
O presidente disse a repórteres que "eu, eu mesmo, Juan Orlando, não tenho nada a ver" com o escândalo, e que seu governo estava ansioso para que o episódio fosse esclarecido e os culpados punidos.
(Reportagem de Gustavo Palencia) 2015-06-03T170549Z_1006940001_LYNXMPEB520Z5_RTROPTP_1_MUNDO-HONDURAS-PRESIDENTE-ESCANDALO-CAMPANHA.JPG