LAUSANNE (Reuters) - O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, incentivou nesta segunda-feira a Fifa a prosseguir com as reformas, mas alertou a entidade que controla o futebol, assolada por escândalos, que o processo será doloroso.
Bach acrescentou que não queria dar conselhos à Fifa e ressaltou que as estruturas das duas organizações são muito diferentes e difíceis de comparar.
"Nós só podemos incentivar a Fifa para continuar (com) as reformas que tenham sido iniciadas, não podemos dar conselhos detalhados sobre o que fazer, mas apreciamos que exista prontidão para reformas", disse ele em entrevista coletiva.
"Também sabemos por nossa experiência que .... colocar tudo sobre a mesa pode ser uma experiência dolorosa, mas é absolutamente necessário fazer isso, como vimos a partir da nossa própria história."
O presidente da Fifa, Joseph Blatter, renunciou na terça-feira, menos de uma semana depois que a polícia suíça prendeu dirigentes da entidade em um hotel de luxo em Zurique sob acusações de corrupção movidas por promotores norte-americanos em Nova York.
Em 1998, o COI foi alvo de escândalo de subornos em votação envolvendo os Jogos Olímpicos de Inverno de Salt Lake City, em 2002. Esse fato levou a reformas dentro da entidade.
"A estrutura da Fifa é muito diferente da do COI. Quase não há comparação entre o que aconteceu com Salt Lake City e o que ocorre agora no que diz respeito à Fifa", disse Bach.
"Nós tivemos esse tipo de problema (e) abordamos isso ... através da introdução de limites de mandato, reduzindo os limites de idade, tendo limites de mandato não só para os membros mas também membros do comitê executivo e presidente", acrescentou Bach. 2015-06-08T203332Z_1006920001_LYNXMPEB57100_RTROPTP_1_ESPORTES-FUT-FIFA-CONSELHO-COI.JPG