QUITO (Reuters) - O presidente do Equador, Guillermo Lasso, um ex-banqueiro conservador, disse na terça-feira que proporá a redução dos prazos para o aborto em caso de estupro depois que novas regras foram aprovadas pela Assembleia Nacional do país em fevereiro.
No mês passado, políticos equatorianos votaram pela aprovação de regras que permitem o aborto para gestações decorrentes de estupro até 12 semanas de gestação, ou até 18 semanas para mulheres adultas pertencentes a grupos indígenas ou que vivem em áreas rurais.
No entanto, Lasso já enviou alterações à Assembleia Nacional, incluindo um limite de 12 semanas de gestação para todas as mulheres adultas, independentemente de onde moram ou a qual comunidade pertencem.
"Somos todos iguais perante nossa constituição e nossas leis", disse Lasso em mensagem postada no Twitter. "Estabelecer diferenças jurídicas entre cidadãos com base em locais de nascimento ou origens iria contra esse princípio básico."
Não ficou claro se as mudanças propostas por Lasso se aplicariam a abortos em casos de estupro de adolescentes, para quem os parlamentares também aprovaram limites até 18 semanas de gestação.
As objeções de Lasso serão enviadas à Assembleia Nacional, onde os parlamentares terão 30 dias para decidir se aceitam as mudanças propostas ou avançam nas regras aprovadas em fevereiro.
(Reportagem de Alexandra Valencia e Oliver Griffin)