BEIRUTE (Reuters) - O presidente libanês, Michel Aoun, informou neste domingo que a liberdade do primeiro-ministro, Saad al-Hariri, era restrita em Riad, a primeira vez que o governo libanês publicamente manifesta acreditar que a Arábia Saudita esteja mantendo no país contra sua vontade.
Aoun disse que Hariri estava vivendo em "circunstâncias misteriosas" em Riad, o que "chegou ao ponto de restringir sua liberdade" e "as condições impostas abrangiam sua residência e seu contato até mesmo com membros de sua família".
Na quinta-feira, a Reuters citou autoridades sênior do governo libanês dizendo que as autoridades acreditavam que Hariri estivesse contra sua vontade em Riad, onde pediu sua demissão como primeiro-ministro em um movimento inesperado em 4 de novembro, um dia depois de desembarcar na Arábia Saudita.
Aoun afirmou que isso lançou dúvidas sobre qualquer coisa que Hariri tenha dito, ou que dirá, e suas declarações não podem ser consideradas uma expressão de sua vontade livre. Hariri deve conceder entrevista a uma emissora de televisão mais tarde neste domingo.
A Arábia Saudita negou que Hariri sejam mantido no país contra própria vontade ou que tenha sido forçado e renunciar como primeiro-ministro.
(Por Tom Perry)
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447553))
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