BUJUMBURA (Reuters) - O presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, retornou ao país nesta quinta-feira, afirmou seu gabinete, depois que o chefe do Exército declarou que uma tentativa de golpe conduzida enquanto o líder africano estava no exterior havia falhado.
Mas rajadas de tiros na capital e lutas pelo controle da rádio estatal durante o dia indicaram que ainda havia uma oposição firme ao presidente, que provocou protestos e a tentativa de golpe ao anunciar sua intenção de buscar um terceiro mandato.
Críticos disseram que sua tentativa de reeleição violou a Constituição e um acordo de paz que acabou com uma guerra civil etnicamente motivada, que terminou em 2005, mergulhando o país numa profunda crise política.
Mas antes de anunciar seu retorno, apoiadores do presidente disseram que estavam no controle dos principais ativos estratégicos, como o aeroporto e escritórios presidenciais. Eles também disseram que ainda controlavam a emissora estatal, apesar do pesado combate.
"O presidente Nkurunziza está de volta ao Burundi depois da tentativa de golpe. Ele parabeniza o Exército, a polícia e as pessoas do Burundi", disse uma breve mensagem de texto da Presidência.
Uma autoridade presidencial confirmou a declaração, mas não quis dizer onde Nkurunziza estava no Burundi ou como ele tinha retornado da Tanzânia.
(Reportagem de Patrick Nduwimana e Goran Tomasevic)