Por Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - O candidato presidencial republicano Donald Trump, que está vendo o apoio de seu partido minado após comentários lascivos sobre as mulheres, vai para um segundo debate com o democrata Hillary Clinton neste domingo com a necessidade de demonstrar que ele continua a ser um candidato digno de confiança.
A pressão sobre Trump no debate será intensa. Ele não deve apenas desviar ataques de Clinton e explicar por que é uma alternativa melhor, mas também deve mostrar um lado arrependido para evitar que mais adeptos republicanos desistam dele.
Trump já tinha uma difícil batalha para ganhar a Casa Branca na eleição de 8 de novembro antes da divulgação de um vídeo de 2005 no qual ele podia ser ouvido falando grosseiramente sobre as mulheres.
Uma pesquisa da Reuters-Ipsos mostrou Clinton liderando em cinco pontos na sexta-feira, antes do vídeo vir à tona. Agora, a questão é se a disputa de Trump para a Presidência dos Estados Unidos acabou.
A controvérsia nova dá um ar de imprevisibilidade para o debate debate na Universidade de Washington, em St. Louis, prevista para as 21h (EDT), no segundo dos três debates presidenciais marcados conforme a longa corrida eleitoral nos EUA entra suas semanas finais.
Clinton tem se entregado por dias na preparação para o que pode ser, para ela, um golpe de nocaute contra a Trump.
Antes de o vídeo vir à tona, representantes da campanha de Clinton disseram que eles estavam esperando o candidato republicano vir para o debate com uma atitude mais moderada do que na primeira rodada.
Mas eles também estavam preparados caso Trump seguisse com a ameaça de se concentrar no casamento, por vezes perturbado, de Clinton com o ex-presidente Bill Clinton.