LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disseram nesta sexta-feira que o plano da China de impor uma legislação de segurança nacional em Hong Kong iria minar a autonomia do território.
O Parlamento chinês aprovou uma decisão de avançar com a legislação de segurança nacional de Hong Kong, a qual ativistas da democracia, diplomatas e alguns empresários do mundo temem comprometer seu status semi-autônomo e seu papel como um centro financeiro global.
"Os líderes disseram que o plano da China de impor uma legislação de segurança nacional em Hong Kong contraria suas obrigações sob a Declaração Conjunta Sino-Britânica e minaria a autonomia de Hong Kong e a estrutura de 'um país, dois sistemas", disse um comunicado divulgado pelo gabinete de Johnson após uma chamada entre os líderes.
Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá e União Europeia já criticaram a decisão.
Johnson e Trump também discutiram a importância de os líderes do G7 (Grupo dos Sete) encontrarem-se pessoalmente, caso possível, com a próxima cúpula do grupo das principais economias desenvolvidas prevista para ocorrer nos EUA.
Os dois líderes também discutiram a segurança das telecomunicações, afirmou o comunicado, que não forneceu, no entanto, mais detalhes sobre o que foi dito em torno do assunto.
O Reino Unido e os Estados Unidos estão em desacordo à decisão de Londres de permitir que a empresa chinesa de telecomunicações Huawei desempenhe um papel na implementação da rede 5G do Reino Unido.
(Por William James)