BUENOS AIRES (Reuters) - Trabalhadores representados pelo principal sindicato argentino se reuniram nas ruas de Buenos Aires nesta terça-feira para protestar contra cortes de empregos e aumentos salariais não alinhados com a inflação, confrontando o governo sete meses antes de importantes eleições legislativas.
O piquete de um dia, que atraiu dezenas de milhares de manifestantes, foi a primeira passeata da central sindical CGT neste ano. Ela se dá em meio a uma greve de dois dias dos professores que na segunda-feira postergou a volta das escolas depois das férias de verão.
Mauricio Macri se tornou presidente da Argentina em 2015, prometendo estimular a economia com reformas fiscais para atrair investimentos.
Contudo, a prometida onda de investimento direto estrangeiro se manifesta de forma vagarosa, ao mesmo tempo que a inflação permanece na casa dos dois dígitos.
Os preços para o consumidor aumentaram em cerca de 40 por cento no ano passado, e o banco central espera cortar essa taxa em mais do que a metade em 2017.
Empregadores tem sido pressionados a aumentar pagamentos, em linha com a inflação, enquanto o esforço de Macri para cortar custos empresariais leva a demissões nos setores público e privado.
"As demissões continuaram e se aprofundaram desde janeiro”, disse Julio Piumato, da CGT, à Reuters.