BEIRUTE (Reuters) - Tropas do governo da Síria cercaram a prisão de Hama, no oeste do país, nesta segunda-feira e dispararam gás lacrimogêneo depois que prisioneiros se revoltaram e capturaram vários carcereiros, relatou um grupo de monitoramento.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos disse que os detentos protestavam contra o plano de transferir prisioneiros de Hama para o presídio militar de Sednaya, ao norte de Damasco. Entre os detentos de Hama há prisioneiros políticos e islâmicos, disse.
Um grupo insurgente que opera perto de Hama, localizada a 210 quilômetros da capital, disse estar pronto para bombardear milícias governamentais em cidades próximas em reação aos maus tratos dos prisioneiros, que afirmam estar exigindo "direitos básicos", como julgamento, informou o Observatório, que tem sede em Londres.
O grupo Ajnad al-Sham disse que os detentos exortaram a oposição armada a "romper o sítio" das forças do governo.
Mais tarde insurgentes bombardearam Maharda, uma das cidades que o Ajnad al-Sham ameaçou alvejar, relatou o Observatório. Não ficou claro de imediato se o bombardeio teve relação com o incidente na prisão.
Uma autoridade do Ministério do Interior negou "os relatos de parte da mídia sobre a prisão central de Hama", disse a agência estatal de notícias Sana sem dar maiores detalhes.