Por Wojciech Zurawski
CRACÓVIA, Polônia (Reuters) - Promotores poloneses enviaram um pedido para um tribunal regional de Cracóvia pela extradição do cineasta Roman Polanski para os Estados Unidos por conta de uma condenação em 1977 por um crime sexual infantil, informou a procuradoria de Cracóvia nesta terça-feira.
"Outras ações neste caso dependerão do tribunal", disse o gabinete da procuradoria em comunicado.
De acordo com a lei polonesa, se o tribunal decidir que o pedido dos EUA deve seguir adiante, o ministro da Justiça terá então de tomar a decisão de extraditar ou não Polanski.
Polanski, que já venceu o Oscar, declarou-se culpado em 1977 de ter tido sexo ilegal com Samantha Geimer, então com 13 anos, durante uma sessão de fotos em Los Angeles regada a champanhe e drogas.
Ele ficou preso por 42 dias como parte de um acordo com a Justiça. Ele fugiu dos EUA no ano seguinte por acreditar que o juiz que cuidava de seu caso descartaria o acordo e determinaria sua prisão por anos.
Em 2009, Polanski foi preso na cidade suíça de Zurique graças a um pedido dos Estados Unidos e ficou em prisão domiciliar. Ele foi libertado em 2010 depois que autoridades suíças decidiram não extraditá-lo aos EUA.
Atualmente com 81 anos, Polanski é visto por muitos poloneses como principal figura cultural viva do país. Renomado internacionalmente por filmes como "Chinatown" e "O Pianista", ele está na Polônia para fazer um filme sobre o caso Dreyfus, um escândalo político que abalou a França há mais de um século.