Por Andreas Rinke e Elizabeth Pineau
BERLIM (Reuters) - O presidente francês, Emmanuel Macron, adiou uma visita de Estado à Alemanha que deveria começar no domingo, após quatro dias de tumultos em toda a França desde que a polícia matou um adolescente, o que desencadeou uma das maiores crises de sua liderança.
Foi a segunda vez neste ano que protestos na França forçaram Macron a adiar encontros de alto nível com um chefe de Estado depois que o rei Charles, do Reino Unido, cancelou uma visita devido a protestos contra a legislação previdenciária.
"Uma visita de Estado é uma visita de amizade, puramente cerimonial, haverá um momento melhor para fazê-lo", disse um assessor de Macron à Reuters, pedindo para não ser identificado.
"Os franceses não teriam entendido se ele tivesse ido para a Alemanha. Esses dias em Paris são importantes."
Macron falou ao telefone neste sábado com o presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, e o informou sobre a situação, disse um porta-voz do presidente alemão.
A visita de Estado era para ver Macron cruzar a Alemanha de oeste a leste antes de fazer um discurso sobre as relações bilaterais.
No entanto, apesar de toda a demonstração planejada de camaradagem, as autoridades francesas e alemãs disseram que os líderes não abordariam publicamente as disputas sobre energia nuclear ou defesa aérea.