LONDRES (Reuters) - A Rainha Elizabeth do Reino Unido irá prestar homenagem a seu marido, o Príncipe Philip, em sua mensagem de Natal, e elogiar seu "apoio e senso de humor único".
O príncipe de 96 anos, também conhecido como Duque de Edimburgo, esteve ao lado da rainha ao longo de seus 65 anos no trono, e foi manchete de jornais com frequência por seus comentários de gosto duvidoso.
Ele se aposentou dos deveres reais regulares durante o verão, mas continuou fazendo aparições ocasionais, mais recentemente caminhando para o serviço da véspera do Natal na propriedade real da família no palácio de Sandringham.
A rainha também falará sobre a importância de sua casa em sua mensagem, e o senso de comunidade em Londres e Manchester após o incêndio devastador de Grenfell Tower, na capital, e os ataques terroristas em ambas as cidades.
"Pensamos em nossas casas como local de calor, familiaridade e amor... há uma simplicidade atemporal na atração à casa", dirá ela, de acordo com trechos de seu discurso liberados pelo Palácio de Buckingham.
"Neste Natal, eu penso em Londres e Manchester, cujas identidades poderosas brilharam nos últimos 12 meses diante de ataques espantosos", acrescentará ela na mensagem, que será transmitida às 13h (horário de Brasília).
Elizabeth, monarca do reinado mais longo no mundo, raramente fala de seu marido.
Na comemoração das bodas de ouro do casal, em 1997, ela afirmou que ele não aceita elogios facilmente, mas que era sua "força e permanência todos esses anos".
Philip, que realizou mais de 22 mil compromissos sozinho, desenvolveu uma reputação por seus comentários, incluindo sua observação sobre "olhos puxados" em uma visita à China nos anos 1980.
Na década seguinte, ele afirmou "a maioria de vocês não é descendente de piratas?" a um habitante das Ilhas Cayman e perguntou a um instrutor de condução na Escócia: "Como você mantém os nativos longe das bebidas tempo suficiente para passarem no teste?".
A mensagem real da temporada remonta ao Rei George 5º, em 1932, e foi televisionada pela primeira vez 60 anos atrás, em 1957.
(Reportagem de Paul Sandle)