CABO CANAVERAL, EUA (Reuters) - Os observadores dos céus ao redor do mundo aguardam uma noite especial entre domingo e segunda-feira, quando a sombra da Terra vai lançar um brilho avermelhado sobre a lua, resultado da rara combinação de um eclipse com a lua cheia do ano mais próxima da Terra.
O eclipse total da "superlua", também conhecida como "lua sangrenta", vai parecer maior e mais brilhante do que o normal quando o satélite natural alcançar o ponto de sua órbita mais próximo da Terra.
"Não há diferença física na lua. Ela apenas parece um pouco maior no céu", disse o geólogo planetário Noah Petro, que trabalha no Centro de Voo Espacial Goddard, da Nasa.
Se o céu estiver claro, o fenômeno vai poder ser visto nas Américas do Sul e Norte, além de Europa, África e partes da Ásia Ocidental e leste do Pacífico. Nos EUA, o eclipse começa às 20h11 no horário da costa leste do país (21h11, pelo horário de Brasília). O eclipse total começa duas horas depois e dura uma hora e 12 minutos.
Faz mais de 30 anos desde que uma superlua coincidiu com um eclipse lunar, de acordo com a Nasa. O próximo eclipse lunar total não acontecerá antes de 2018. A próxima combinação de superlua e eclipse lunar não vai ocorrer antes de 2033.
A sombra da Terra vai encobrir a lua cheia por mais de uma hora na noite de domingo, à medida que o planeta passa entre o sol e a lua. O brilho branco da lua vai lentamente se tornar vermelho. A coloração é provocada pela dispersão da luz solar sobre a sombra, fenômeno causado pela atmosfera terrestre.
Pelo fato de a lua não ser perfeitamente redonda, sua distância da Terra varia em cerca de 49.900 km em sua rotação em torno do planeta, realizada a cada 27 dias.
Em seu ponto mais próximo, conhecido como perigeu, a lua fica a 363.104 km da Terra. Em seu apogeu, o ponto mais distante, a lua fica a 406.696 km de distância.
(Reportagem de Irene Klotz)