BEIRUTE (Reuters) - Mais de 40 grupos insurgentes sírios, incluindo a influente facção islâmica Ahrar al-Sham, pediram a países da região que formem uma aliança contra a Rússia e o Irã na guerra síria, acusando Moscou de ocupar a Síria e vitimar civis.
Os insurgentes, entre eles grupos rebeldes sob o comando do Exército Sírio Livre, disseram que tal cooperação regional é necessária para se contrapor à "aliança russo-iraniana ocupando a Síria".
Na semana passada, caças russos baseados no leste sírio realizaram ataques contra alvos que Moscou identificou como bases do grupo radical Estado Islâmico, mas que os adversários do presidente sírio, Bashar al-Assad, afirmam ter atingido de forma desproporcional insurgentes rivais que têm apoio estrangeiro.
O comunicado conjunto dos rebeldes criticou o que descreveu como "agressão militar russa na Síria e a ocupação descarada do país", além dos ataques aéreos visando civis no interior da cidade de Homs, no oeste da Síria.
"Civis vêm sendo atingidos diretamente de uma maneira que nos lembra a política de terra arrasada levada a cabo pela Rússia em guerras passadas", afirma a declaração, sem dar maiores detalhes.
O texto, enviado à Reuters pelo Ahrar al-Sham, não mencionou a que Estados regionais os rebeldes estavam se dirigindo, mas Turquia, Arábia Saudita e Catar vêm apoiando a insurgência contra Assad.
Os 41 grupos que assinaram o comunicado não incluem o Estado Islâmico nem a Frente Al-Nusra, braço da Al Qaeda na Síria que forma uma coalizão insurgente com o Ahrar al-Sham e que capturou a maior parte da província de Idlib, no noroeste sírio.
(Por Sylvia Westall)