BOGOTÁ (Reuters) - O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN) negou nesta quarta-feira planejar um ataque contra o principal promotor do país, Francisco Barbosa, e requisitou uma reunião especial da comissão que supervisiona o acordo de cessar-fogo com o governo.
O gabinete de Barbosa disse nesta terça-feira que está investigando um plano para atacá-lo usando snipers e que a conspiração seria executada por um grupo urbano de guerrilha.
O ELN, grupo marxista que enfrenta o Estado desde 1964, e o governo do presidente de esquerda, Gustavo Petro, começaram um cessar fogo de seis meses há menos de uma semana, como parte de negociações de paz para pôr fim à participação dos rebeldes no conflito da Colômbia
"A notícia anunciada pelo procurador-geral Barbosa é falsa. Com ela, ele tenta sabotar o processo de diálogo que está em andamento entre o governo e o ELN", disse a equipe de negociação do grupo na rede social X, anteriormente conhecida como Twitter.
"O ELN requisitou uma reunião extraordinária do mecanismo de monitoramento e verificação para examinar a situação criada por acusações falsas do procurador-geral, que cria grandes dificuldades ao andamento e confiança do processo", acrescentou o ELN, referindo-se a uma comissão organizada para verificar se os dois lados estão cumprindo com o cessar-fogo.
Barbosa se opôs em público a muitas das promessas de paz de Petro, incluindo uma lei pendente que reduziria sentenças de prisão para gangues criminosas que se renderem, reconhecem seus crimes e oferecerem reparação às vítimas.
(Reportagem de Julia Symmes Cobb)