CARACAS (Reuters) - Uma rebelião em um presídio no Estado venezuelano de Portuguesa deixou pelo menos 46 pessoas mortas e 60 feridas, segundo um grupo de direitos humanos e um parlamentar da oposição.
Beatriz Giron, diretora do Observatório Venezuelano de Prisões, que advoga pelos direitos dos presos, disse que 46 corpos foram identificados após o incidente na última sexta-feira na penitenciária de Los Llanos. As prisões do país sul-americano são notórias pelos níveis extremos de violência e más condições.
A ministra responsável pela administração de presídios do país, Iris Varela, disse ao jornal local Ultimas Noticias que o incidente resultou de uma tentativa de fuga e que o diretor da prisão foi baleado e ferido.
Ela não deu um número de mortos, e o Ministério da Informação da Venezuela não respondeu a uma solicitação de comentário.
Maria Beatriz Martinez, parlamentar da oposição no Estado de Portuguesa, disse que a rebelião ocorreu após os familiares de presos serem proibidos de levar comida durante a visita, o que é comum nas prisões venezuelanas. As restrições de visitação fazem parte dos esforços para impedir a propagação do coronavírus nas prisões superlotadas.
Tais restrições provocaram problemas nas prisões de vários países, como a Itália. Na Argentina, prisioneiros se revoltaram no mês passado, exigindo que alguns presos fossem libertados devido a temores de infecção.
(Por Deise Buitrago e Vivian Sequera)