Por Piya Sinha-Roy e Daniel Trotta
(Reuters) - A rede de televisão CBS e outros canais dos Estados Unidos suspenderam, na segunda-feira, Charlie Rose, um dos entrevistadores mais proeminentes do país, depois que oito mulheres disseram ao jornal Washington Post que ele as assediou sexualmente, o que levou Rose a se desculpar por seu "comportamento inapropriado".
A PBS e a Bloomberg também disseram em comunicados que estão suspendendo o programa de entrevistas de Rose, transmitido pelos dois meios, citando as alegações publicadas no jornal.
"Estas alegações são extremamente perturbadoras e nós as levamos muito a sério", disse a CBS News em comunicado. Rose é apresentador do programa matutino "CBS This Morning" e correspondente do "60 Minutes", programa de longa data que o canal transmite nas noites de domingo.
Rose, de 75 anos, questionou a exatidão das alegações publicadas no Washington Post.
"Peço profundas desculpas por meu comportamento inapropriado", disse em um comunicado. "Estou muito envergonhado. Comportei-me de maneira insensível às vezes e aceito a responsabilidade por isso, embora não acredite que todas estas alegações sejam precisas".
"Sempre senti que estava seguindo sentimentos compartilhados, embora agora perceba que estava enganado", acrescentou.
"Todos nós, incluindo eu, estamos chegando a um reconhecimento mais novo e mais profundo do sofrimento causado por condutas do passado, e alcançamos um novo respeito profundo pelas mulheres e suas vidas", disse.
Charlie Rose se tornou o principal assunto do Twitter nos Estados Unidos na noite de segunda-feira, com mais de 98 mil tuítes sobre o apresentador.