Por John Revill
ZURIQUE (Reuters) - Eleitores suíços rejeitaram uma proposta de ativistas dos direitos dos animais de tornar a Suíça o primeiro país a proibir experimentos científicos e médicos em animais, mas aprovaram restrições mais duras a propagandas de cigarros, em um referendo realizado neste domingo.
Apenas 21% dos eleitores foram a favor da proibição a experimentos em animais, com 79% contra, segundo dados do governo, em um referendo nacional realizado sob a tradição suíça de democracia direta.
Apoiadores da proposta queriam interromper os testes, dizendo que eles eram anti-éticos e desnecessários, mas esbarraram na oposição do poderoso lobby das empresas farmacêuticas do país, que alertou aos danos econômicos que esse tipo de proibição poderia causar.
"Estamos contentes com a rejeição clara dessa iniciativa danosa", disse Rene Buholzer, CEO do grupo de lobby Interpharma.
"Mostra que a população suíça reconhece o papel central da pesquisa para a saúde das pessoas e para a prosperidade na Suíça".
Os defensores da ideia disseram que animais em laboratórios e os usados para fornecer comida sofrem uma séria discriminação.
"Por que não temos mais empatia com eles?", disse o co-presidente da campanha, Renato Werndli.
Em outra votação neste domingo, os eleitores aprovaram restrições mais duras a propagandas de tabaco, com 57% a favor.
As restrições farão com que propaganda desse tipo seja proibida em jornais, cinemas, internet, eventos e outdoors, com os defensores dizendo que elas encorajam os jovens a fumar.
(Reportagem de John Revill e Cecile Mantovani; Editing by Frances Kerry)