LONDRES (Thomson Reuters Foundation) - No momento em que milhares de pessoas desesperadas rumam à Europa em busca de refúgio, é preciso fazer uma distinção entre os que fogem da pobreza extrema e os que fogem da guerra, escreveu a atriz e ativista de direitos humanos
Angelina Jolie em um editorial nesta segunda-feira.
Os refugiados em fuga de conflitos têm necessidade imediata de serem salvos da perseguição e do perigo, e um monitoramento eficaz pode lhes proporcionar a devida proteção, escreveram a artista e enviada especial do Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados e Arminka Helic, ex-refugiada bósnia e integrante da Câmara Alta do parlamento britânico.
Recentemente centenas de milhares de pessoas fizeram viagens arriscadas para escapar de guerras no Oriente Médio, especialmente a guerra civil de mais de quatro anos na Síria, além dos conflitos e da pobreza na África e na Ásia, e não há consenso entre as nações europeias sobre como lidar com esse influxo.
"Devemos estar conscientes da distinção entre imigrantes econômicos, que estão tentando escapar da pobreza extrema, e refugiados que estão fugindo de uma ameaça imediata às suas vidas", argumentaram Jolie e Helic no editorial publicado no jornal The Times, em Londres.
Em particular, disseram, "os sírios estão fugindo de bombas-barril, armas químicas, estupro e massacres".
O problema irá continuar até a comunidade internacional ajudar a encontrar uma solução diplomática para o conflito sírio, afirmaram.
(Reportagem de Ellen Wulfhorst)