Por Nick Mulvenney
SYDNEY (Reuters) - Apesar de algumas divisões, aparentemente surgiram poucas rusgas no apoio robusto da região Ásia-Pacífico ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, quando os dirigentes começaram a regressar à região durante o fim de semana, após participarem no congresso anual da organização.
O bloco de 47 nações asiáticas, assim como a menos numerosa Confederação de Futebol da Oceania, foi um respaldo crucial na campanha de reeleição de Blatter para um quinto mandato, mesmo em meio ao escândalo de corrupção que assola a Fifa.
Blatter, de 79 anos, venceu a votação de sexta-feira passada apesar de o Departamento de Justiça dos Estados Unidos ter acusado nove funcionários da Fifa de corrupção e as autoridades suíças estarem levando a cabo sua própria investigação criminal.
Parece improvável que algum organismo de futebol da região apoie a petição da Grã-Bretanha pedindo um boicote à Copa do Mundo se Blatter não abandonar o cargo.
A Confederação Asiática de Futebol, cuja liderança, dominada pelos Estados árabes do Golfo Pérsico, é uma das maiores aliadas de Blatter, publicou uma nota felicitando o suíço e prometendo manter seu apoio ao líder.
Austrália e Nova Zelândia romperam com suas entidades regionais antes da votação endossando publicamente o único adversário de Blatter na eleição, o príncipe jordaniano Ali bin Al Hussein, que desistiu da disputa depois de perder a primeira rodada da votação por uma margem grande de votos.
O dirigente do futebol australiano, Frank Lowy, expressou sua decepção com a reeleição de Blatter, mas se distanciou de um possível boicote, dizendo que é um "excesso de expectativa" pedir a uma nação tão pequena que lidere a campanha pela mudança.
(Reportagem adicional de Ian Ransom em Melbourne e Sohee Kim em Seul)