Por Michael Holden
LONDRES (Reuters) - Quando a rainha Elizabeth assumiu o trono britânico mais de seis décadas atrás, o seu primeiro-ministro era Winston Churchill, um homem que servira no Exército da sua trisavó, a rainha Victoria.
Quando o atual primeiro-ministro, David Cameron, nasceu em 1966, ela já era monarca por 14 anos.
"A primeira vez que ela viu (Cameron), ele interpretava um coelho numa produção da escola na qual o filho dela, o príncipe Edward, participava", disse à Reuters o historiador real Hugo Vickers. "Ele é agora o homem de quem ela agora toma conselhos formais."
O contraste entre os dois políticos ilustra a grande mudança pela qual a monarquia e o país atravessaram durante o reinado de Elizabeth, que se tornará o mais longo da história britânica no dia 9 de setembro, quando ela supera os 63 anos de Victoria.
Elizabeth, hoje com 89 anos, subiu ao trono em 1952, com o país se reerguendo da Segunda Guerra Mundial.
Nas últimas décadas, a família real foi de algo que o público só via em ocasiões oficiais à divulgação de fotos pelo Twitter e mesmo invasões nos selfies dos outros.
"Você nunca imaginaria no início do reinado que a rainha tomaria parte numa performance na qual ela parece pular de um helicóptero com James Bond", afirmou o biógrafo real Robert Lacey, em referência à cerimônia de abertura da Olimpíada de 2012 em Londres.
(Reportagem adicional de Kylie MacLellan)