Reino Unido e UE se aproximam de acordo do Brexit, mas Johnson ainda luta por apoio do Parlamento

Publicado 16.10.2019, 14:56
Atualizado 16.10.2019, 15:01
Reino Unido e UE se aproximam de acordo do Brexit, mas Johnson ainda luta por apoio do Parlamento

Por Gabriela Baczynska e Alan Charlish

BRUXELAS/VARSÓVIA (Reuters) - Autoridades britânicas e da União Europeia estavam muito próximas de fechar um acordo de última hora para o Brexit nesta quarta-feira, mas o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, ainda tinha trabalho a fazer em Londres para garantir apoio do Parlamento ao plano.

"Os fundamentos básicos deste acordo estão prontos e, teoricamente, poderíamos aceitar um acordo amanhã", disse o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, que comandará uma cúpula de líderes, incluindo Johnson, na quinta-feira.

No entanto, Tusk disse em comentários transmitidos pela emissora polonesa TVN 24 que "certas dúvidas surgiram do lado britânico", aparentemente uma referência à necessidade de Johnson de conquistar políticos que temem que ele tenha cedido demais.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que um acordo está sendo finalizado e que espera que possa ser aprovado pela cúpula na quinta-feira.

"Quero acreditar que um acordo está sendo finalizado e que poderemos endossá-lo amanhã", disse Macron em entrevista coletiva com a chanceler alemã, Angela Merkel.

Merkel disse que agora está acreditando um pouco mais que um acordo é possível, com base no que ouviu nos últimos dias.

Os líderes da UE provavelmente assinarão um acordo em sua cúpula, mas a aprovação estará condicionada à aprovação da Câmara dos Comuns britânica em uma sessão especial no sábado, disseram diplomatas da UE.

Se não conseguir aprovação parlamentar para os termos da saída do Reino Unido da União Europeia, Johnson quase certamente precisará buscar uma prorrogação do prazo de saída de 31 de outubro, mais de três anos após o país ter votado em um referendo a favor da separação.

Depois de mais um dia de conversações técnicas em Bruxelas, autoridades da UE disseram que um acordo foi firmado sobre acordos alfandegários para a Irlanda do Norte e sobre disposições de igualdade sobre normas trabalhistas e ambientais, sobre as quais a UE insistia em garantir uma concorrência justa.

Mas, embora as diferenças sobre o divórcio entre a quinta maior economia do mundo e seu maior bloco comercial praticamente tenham sido resolvidas, "o apoio geral do governo britânico" ainda será necessário para selar um acordo, disse um diplomata da UE.

O principal obstáculo restante para Johnson parecia ser a objeção de um pequeno partido político da Irlanda do Norte, cujos votos ele necessita para conseguir aprovar qualquer acordo no Parlamento.

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