Por Costas Pitas e Kylie MacLellan
LONDRES (Reuters) - Os eleitores britânicos impuseram à primeira-ministra Theresa May um golpe devastador na eleição antecipada convocada pela premiê em busca de fortalecer sua posição para as negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, derrubando a maioria parlamentar do governo e lançando o país em um turbilhão político.
Sem um vencedor claro a emergir da eleição de quinta-feira, uma ferida May sinalizou nesta sexta-feira que irá continuar lutando. Seu principal adversário, o líder trabalhista Jeremy Corbyn, disse que May deveria renunciar e anunciou que deseja formar um governo de minoria no Parlamento.
No dia seguinte a uma das noites mais sensacionais da história eleitoral britânica, políticos e analistas descreveram a decisão de May de convocar a eleição de erro colossal e atacaram seu desempenho na campanha eleitoral.
May, no entanto, demonstrou estar disposta a lutar. Um porta-voz da premiê disse que ela irá ao Palácio de Buckingham pedir autorização à rainha Elizabeth para formar um novo governo.
Com 649 dos 650 assentos do Parlamento definidos, os conservadores, de May, conquistaram 318 vagas. Apesar de ser o partido de maior representação na Casa, a legenda não atingiu a marca de 326 que precisaria para obter uma maioria parlamentar. Os trabalhistas ficaram com 261 assentos.