Por Guy Faulconbridge
LONDRES (Reuters) - O Reino Unido se juntou nesta segunda-feira aos Estados Unidos em uma missão de segurança marítima no Golfo Pérsico para proteger embarcações comerciais que viajam pelo Estreito de Ormuz, após a apreensão de um navio de bandeira britânica pelo Irã.
Autoridades britânicas ressaltaram que não havia mudança na política do governo de Londres em relação ao Irã, mas a união com as forças norte-americanas é a mais significativa medida de política externa não-relacionada ao Brexit do novo primeiro-ministro, Boris Johnson, em seus primeiros 12 dias de governo.
Apenas duas semanas atrás, o Reino Unido pedia uma missão naval liderada por europeus. Agora, se une ao que chamou de uma "missão internacional de segurança marítima" liderada pelos Estados Unidos.
Nenhum outro país está envolvido na iniciativa ainda.
"É vital assegurar a liberdade de todos os transportes internacionais para navegar pelo Estreito de Ormuz sem atrasos, dado o aumento das ameaças", afirmou o secretário de Defesa britânico, Ben Wallace.
"O destacamento de ativos da Marinha Real é um sinal do nosso compromisso com embarcações de bandeira britânica e estamos dispostos a trabalhar ao lado dos EUA e de outros para encontrar uma solução internacional para os problemas no Estreito de Ormuz."
O Departamento de Defesa dos Estados Unidos elogiou a decisão britânica.
"Este é um desafio internacional e estamos ansiosos para a oportunidade de trabalhar em conjunto com a Marinha Real e com os parceiros adicionais e aliados que compartilhem com o objetivo comum de garantir o fluxo livre de comércio", disse a comandante Rebecca Rebarich, porta-voz do Pentágono, em nota.