Por Barbara Goldberg
(Reuters) - Cientistas avançaram em meio minuto nesta quinta-feira o simbólico "Relógio do Apocalipse", dizendo que o mundo está o mais perto da aniquilação desde o auge da Guerra Fria devido à resposta ruim dos líderes mundiais às ameaças de guerra nuclear.
Essa foi a segunda ocasião em que o relógio, criado pelo Boletim de Cientistas Atômicos como um indicador da susceptibilidade do mundo ao cataclismo, foi avançado desde a eleição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em 2016.
Faltando dois minutos para a meia-noite, o relógio está o mais perto da catástrofe desde 1953, devido aos perigos de um holocausto nuclear pelo programa de armas da Coreia do Norte, envolvimentos de Estados Unidos e Rússia, tensões no Mar do Sul da China e outros fatores, disse o grupo baseado em Chicago em nota.
"Retórica hiperbólica e ações provocativas em ambos os lados aumentaram a possibilidade de uma guerra nuclear por acidente ou erro de cálculo", disse o grupo sobre o programa nuclear da Coreia do Norte e da resposta do governo Trump.
Os perigos não controlados ligados às mudanças climáticas foram outro fator que cientistas citaram ao avançar o relógio.
Uma preocupação geral foi o que os cientistas descreveram como o desaparecimento da diplomacia sob a administração Trump.
"A diplomacia internacional foi reduzida a xingamentos, dando um senso surrealista de irrealidade que torna a situação da segurança mundial ainda mais ameaçadora", disse o grupo.