Por Susan Heavey
WASHINGTON (Reuters) - Republicanos prometeram nesta terça-feira apelar das decisões judiciais rejeitando seus esforços para bloquear que alguns norte-americanos vivendo no exterior consigam votar na Carolina do Norte e no Michigan, parte da agressiva estratégia jurídica eleitoral do partido antes da eleição de 5 de novembro.
O Comitê Nacional Republicano havia entrado com processos nesses dois Estados decisivos, bem como no crucial Estado da Pensilvânia, contestando o que eles chamam de votação ilegal do exterior.
Na segunda-feira, juízes no Michigan e na Carolina do Norte disseram que a demanda do RNC não tinha fundamento para contestar os estatutos eleitorais dos Estados e que o partido não conseguiu demonstrar que sofreria danos irreparáveis.
Em um comunicado anunciando os recursos, um porta-voz do RNC disse: "Estamos lutando para proteger cada voto legal, inclusive de militares e cidadãos no exterior, para não serem cancelados por votos inelegíveis”.
Até 1,6 milhão de norte-americanos vivendo no exterior, incluindo militares e suas famílias, podem votar nos sete Estados decisivos, de acordo com o Comitê Nacional Democrata.
Presos em uma disputa acirrada, a vice-presidente democrata Kamala Harris e o ex-presidente republicano Donald Trump estão buscando o apoio desses eleitores. Ao mesmo tempo, no entanto, os republicanos têm procurado restringir as regras de votação para alguns deles.
Cerca de 2,9 milhões de cidadãos norte-americanos que viviam fora do país poderiam votar em 2020, mas menos de 8% deles o fizeram, de acordo com o Programa Federal de Assistência ao Voto, uma entidade governamental.
(Reportagem de Susan Heavey; Reportagem adicional de Jasper Ward e Luc Cohen)