BRATISLAVA (Reuters) - República Tcheca e Eslováquia insistiram nesta segunda-feira em rejeitar o estabelecimento de cotas para redistribuir as pessoas que chegam à Europa em busca de asilo, após uma nova proposta da Comissão Europeia de deslocar milhares de imigrantes para países da região central do continente.
O primeiro-ministro tcheco, Bohuslav Sobotka, e o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disseram depois de se reunirem com o premiê austríaco que qualquer ajuda e cooperação devem ser feitas de forma voluntária.
O tema das cotas tem ofuscado a discussão de outros planos de ação para lidar com a onda de imigração e colocado os países centro-europeus em rota de colisão com os países mais ricos da Europa ocidental, onde se concentra a maior parte do ônus pela crise imigratória que tem levado centenas de milhares de fugitivos de guerra até a UE este ano.
A Comissão Europeia delineou um novo sistema de cotas nacionais, sob o qual 160 mil pessoas em busca de asilo devem ser realocadas de Itália, Grécia e Hungria para outros países, disse uma fonte da UE nesta segunda-feira.
O plano prevê enviar 4.306 imigrantes para a República Tcheca e 2.287 para a Eslováquia, números bem maiores que os 1.500 propostos anteriormente pelos tchecos e 200, preferencialmente cristãos, pelos eslovacos. Tais ofertas se referiam a pessoas em busca de asilo provenientes de outros países europeus e de campos de refugiados na Turquia.